Como todos nós sabemos, tudo no mundo possui uma vida útil e com os equipamentos eletrônicos não é diferente. Neste caso abordaremos em especial os acionamentos como os inversores de frequência, servo drivers, soft start, etc. Isso porque os componentes e a disposição dos blocos de funcionamentos são parecidos, mas claro, utilizando tecnologias e finalidades diferentes.
A vida útil de um acionamento esta diretamente relacionada com os componentes utilizados para sua construção, o dimensionamento correto em sua aplicação, e um fator particular que denominaremos fator comercial.
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Componentes utilizados em um acionamento
Basicamente um acionamento é formado por componente a base de silício como diodos, transistores e circuitos integrados. Carbono, carvão ou metal filme como os resistores. E poliéster, tântalo ou eletrólito como os capacitores. Estes são os principais.
A vida útil de um acionamento pode facilmente ser prolongada preventivamente ou durante um conserto corretivo do equipamento atuando na troca do componente com material de menor vida útil, o eletrolítico, capacitores eletrolíticos são bastante limitados em relação a vida útil, eles podem secar, vazar ou perder suas propriedades em um tempo bem menor comparado aos outros materiais levando a danificar outros componentes do equipamento.
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Dimensionamento
A vida útil dos componentes a base de silício também podem ser prologadas no dimensionamento do equipamento. O bloco de IGBT por exemplo, pode render bem se dimensionado abaixo dos 80% da sua capacidade, e este é um componente que vale apena considerar por se tratar de uma peça chave em acionamentos. Caso esta margem não seja possível, e é bem comum na engenharia aproveitar o máximo possível do equipamento, é recomendado caprichar nas parametrizações de limites de tensão e corrente e nos componentes de proteção do painel.
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Fator Comercial
Como meu próprio avô costuma dizer, “Já não se fabricam as coisas como antigamente”. Muitos equipamentos, principalmente de media e baixa linha, são fabricados com peças de menor qualidade possível, pecas que atendem apenas a vida útil do equipamento em si. Existe uma filosofia das empresas em tornar seus próprios produtos obsoletos e ultrapassados, ou eles próprios fazem isso ou o concorrente faz. Logo, não é interessante ter maiores gastos com pecas mais duráveis. Antigamente placas e equipamentos duravam bem mais, hoje ainda é possível encontrar placas bem antigas e funcionando, seus consertos costumam ser mais fáceis que equipamentos modernos.
Em suma, a melhor forma de prolongar a vida útil do seu acionamento consiste em 3 etapas:
- Fazer um bom dimensionamento do equipamento em relação a carga e a aplicação
- Manter o equipamento em funcionamento sob boas condições, sempre monitorando as variáveis temperatura, humidade, ruído, corrente, tensão, etc . Tenha em mente que em muitos casos, antes do equipamento dar problema de fato, pelo menos uma destas variáveis será alterada, como por exemplo, uma sujeira que impede o resfriamento e aquece o equipamento, mau contato aquece conectores e cabos, capacitores alteram o ruído da fonte, o rolamento de um motor altera o ruído e consome mais corrente, etc.
Puxando um pouco a sardinha, bons técnicos como os técnicos da Proton, sabem o problema ou sabem que um equipamento esta para dar defeito “pelo cheiro”, como um bom mecânico que sabe o defeito do carro só de escutar o motor.
- E por ultimo mas não menos importante, uma boa preventiva com ressolda de estanho encruado, troca dos eletrolíticos, limpeza com banho químico e troca dos condutores térmicos como pasta térmicas e mica, podem com certeza chegar a dobrar a vida útil de um acionamento.
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